segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Pesquisar: sim ou não?





Ao trabalhar conteúdos de História em sala de aula, há a preocupação de não tornar as aulas “maçantes” ou, na pior das hipóteses, tendenciosas. Sendo assim, as atuais abordagens buscam redefinir métodos de ensino-aprendizagem de modo a vincular o ensino com a pesquisa em História.

Seria então o caminho para tornar os conteúdos mais interessantes e menos tediosos aos alunos carregar as aulas de novas tecnologias, ou coloca-los em contato direto com fontes de pesquisa, a fim de que eles desenvolvam, apenas com o auxílio do professor, seus conhecimentos?

O texto de Mariza Guerra de Andrade no aponta como uma possibilidade de construção do conhecimento em sala de aula a pesquisa, assim como o documentário apresentado por Pedro Demo. Ambos concordam com o fato de que ao pesquisar e elaborar dá ao aluno a autonomia necessária no processo ensino-aprendizagem, favorecendo a argumentação, a fundamentação teórica, o trabalho em equipe e o entendimento para as questões referentes à autoria.

Pesquisar História não significa, necessariamente, debruçar-se sobre incontáveis livros ou documentos carregados de poeira. Novas fontes são hoje aceitas com a mesma confiabilidade que são tratados documentos ditos como “oficiais”. Enquadram-se nestas novas fontes as fotografias, pinturas, esculturas, mapas, plantas, vídeos, músicas... Uma infinidade de diferentes materiais que contribuem para o entendimento da História, bem como para o desenvolvimento do diálogo, de um espírito crítico e questionador acerca das fontes. Andrade afirma que é através dos documentos que professores e alunos repensem “suas questões com vistas a reconstituí-las ou até construí-las de maneira inovadora.” Proporcionando, dessa forma, como ela mesma assegura, “a produção de um conhecimento significativo”.

Pedro Demo nos apresenta quais devem ser os papéis desempenhados em sala de aula ao se trabalhar com pesquisa, cabendo ao aluno o pesquisar e elaborar, enquanto ao professor, orientar e avaliar. Afirma também que este tipo de atividade colabora para melhorar o aprendizado, principalmente se colocado como atividade, como iniciativa apara os alunos.

As leituras nos permitem perceber a necessidade de tornar este processo de ensino-aprendizagem estimulante às crianças e adolescentes. Entretanto, só somos estimulados com aquilo que nos agrada, que nos prende a atenção. Sendo assim, devemos propor aos alunos, de forma criativa e inovadora, que pesquisem sobre temáticas que lhes interessam, sem, contudo, desviar-nos dos programas curriculares.

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